quarta-feira, 14 de março de 2012

Estudantes da rede municipal pesquisam sobre estórias e superstições de Maracajá (14/3/2012)


  Os estudantes do 6º ano, 7ª e 8ª série da rede municipal de ensino do município de Maracajá, por mediação pedagógica do professor Lúcio Vânio Moraes, estão sendo incentivados a pesquisarem as estórias, as superstições, as simpatias, os contos e as lendas que fazem parte do imaginário das pessoas de Maracajá e região.
De acordo com o professor que leciona as disciplinas de Educação Patrimonial e Ambiental e Ensino Religioso, a ideia em trabalhar com a temática surgiu ao perceber que “as memórias” ainda estão muito presentes nesse século. “Assim, elaborei um projeto intitulado ‘Patrimônio cultural material, imaterial e cidadania: músicas, estórias, saber fazer e memória’ para relacionar com os projetos das escolas que trabalho”, conta.
Lúcio Vânio explica que primeiramente foram feitas discussões de alguns conceitos da história, como por exemplo, a memória, o conhecimento científico e o conhecimento popular, história, estória, imaginário e patrimônios. Depois seguiu para pesquisa de campo. Cada estudante fez entrevistas com pessoas que narraram as estórias, as superstições, simpatias e outras representações do imaginário popular.
Ainda conforme o professor, após a socialização das entrevistas, foram mapeadas algumas pessoas da comunidade para uma coletiva sobre o assunto. “Assim, os estudantes do 6º ano e da 8ª série visitaram a  Lorena Duarte, 56 anos. Lá eles puderam ouvir estórias e também visualizar elementos simbólicos que remetem ao tema estudado”.
Segundo a Lorena, a visita dos estudantes foi importante. “Eu contei a eles estórias e superstições que alguns desconheciam. Contei sobre o pássaro ‘rasga mortalha’, as superstições do garfo e da faca, da planta ‘comigo-ninguém-pode’, da planta ‘fortuna’, da criança embruxada, do poder das benzeduras e também do alimento para as almas a noite. Essas estórias eu aprendi com a minha mãe, com meu sogro e com as pessoas que eu convivi, uma delas a falecida Salvatina”.
O diretor de Educação, Cultura e Esportes, Denner Lucas Casagrande, aprova o método. “Essa forma de trabalhar no ambiente escolar instiga os nossos alunos a confrontarem o conhecimento científico com o conhecimento popular de uma forma curiosa e prazerosa. E isso possibilita também os estudantes conhecerem e valorizarem as memórias, a identidade cultural do município de Maracajá e dos estados brasileiros”, ressalta.

Fonte: http://www.maracaja.sc.gov.br. Site acessado em 14 de março de 2012.  

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