Os
estudantes do 6º ano, 7ª e 8ª série da rede municipal de ensino do município de
Maracajá, por mediação pedagógica do professor Lúcio Vânio Moraes, estão sendo
incentivados a pesquisarem as estórias, as superstições, as simpatias, os
contos e as lendas que fazem parte do imaginário das pessoas de Maracajá e
região.
De acordo
com o professor que leciona as disciplinas de Educação Patrimonial e Ambiental
e Ensino Religioso, a ideia em trabalhar com a temática surgiu ao perceber que
“as memórias” ainda estão muito presentes nesse século. “Assim, elaborei um
projeto intitulado ‘Patrimônio cultural material, imaterial e cidadania:
músicas, estórias, saber fazer e memória’ para relacionar com os projetos das
escolas que trabalho”, conta.
Lúcio Vânio
explica que primeiramente foram feitas discussões de alguns conceitos da
história, como por exemplo, a memória, o conhecimento científico e o
conhecimento popular, história, estória, imaginário e patrimônios. Depois
seguiu para pesquisa de campo. Cada estudante fez entrevistas com pessoas que
narraram as estórias, as superstições, simpatias e outras representações do
imaginário popular.
Ainda
conforme o professor, após a socialização das entrevistas, foram mapeadas
algumas pessoas da comunidade para uma coletiva sobre o assunto. “Assim, os
estudantes do 6º ano e da 8ª série visitaram a Lorena Duarte, 56
anos. Lá eles puderam ouvir estórias e também visualizar elementos simbólicos
que remetem ao tema estudado”.
Segundo a
Lorena, a visita dos estudantes foi importante. “Eu contei a eles estórias e
superstições que alguns desconheciam. Contei sobre o pássaro ‘rasga mortalha’,
as superstições do garfo e da faca, da planta ‘comigo-ninguém-pode’, da planta
‘fortuna’, da criança embruxada, do poder das benzeduras e também do alimento
para as almas a noite. Essas estórias eu aprendi com a minha mãe, com meu sogro
e com as pessoas que eu convivi, uma delas a falecida Salvatina”.
O diretor de
Educação, Cultura e Esportes, Denner Lucas Casagrande, aprova o método. “Essa
forma de trabalhar no ambiente escolar instiga os nossos alunos a confrontarem
o conhecimento científico com o conhecimento popular de uma forma curiosa e
prazerosa. E isso possibilita também os estudantes conhecerem e valorizarem as
memórias, a identidade cultural do município de Maracajá e dos estados
brasileiros”, ressalta.
Fonte: http://www.maracaja.sc.gov.br. Site
acessado em 14 de março de 2012.
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